Servidores
da saúde do RN encerram greve após decisão da Justiça. “Sindicalista critica ação do governo Fátima”.
Servidores estaduais da saúde do Rio Grande do Norte decidiram nessa
segunda-feira (07) suspender a greve que havia sido iniciada em 19 de julho. A
categoria pôs fim do movimento acatando decisão do desembargador Glauber Rêgo,
do Tribunal de Justiça (TJRN), que na última sexta-feira (04) decidiu que a
greve era abusiva e ilegal.
A decisão de encerrar a greve ocorreu durante assembleia do Sindicato
dos Servidores da Saúde (Sindsaúde-RN). Caso os trabalhadores não decidissem
voltar ao trabalho, o sindicato poderia ser multado em R$ 10 mil por dia, até o
limite de R$ 100 mil.
O desembargador determinou a suspensão da greve atendendo a um pedido do
Governo do Estado. A gestão da governadora Fátima Bezerra (PT) recorreu à
Justiça alegando que o movimento paredista era abusivo e estava afetando um
serviço público essencial, no caso a saúde.
Apesar de suspender a greve, o Sindsaúde anunciou que continuará
realizando manifestações para cobrar reajuste salarial e realização de concurso
público, entre outras pautas.
Coordenadora geral do Sindsaúde, Rosália Fernandes criticou a
judicialização da greve pelo Governo do Estado.
“Lutar por direitos não é crime. É um
direito legal e garantido pela constituição. A governadora Fátima mandou
judicializar o nosso movimento e, mais uma vez, criminaliza a greve da saúde.
Não é a primeira vez que o governo persegue os trabalhadores e trabalhadoras da
saúde. Só esse ano, o governo dos ‘trabalhadores’ mandou judicializar quatro
greves. A nossa greve em abril, em seu primeiro dia, a greve da enfermagem
antes mesmo dela começar, a greve dos trabalhadores do Detran e essa agora. A
greve foi suspensa, governadora. Não somos covardes por recuar, covarde é o
Governo do Estado”, afirmou a sindicalista.