Covid-19: eleições
municipais em novembro podem ter problemas com mesários.
Diante
do cenário incerto da pandemia do coronavírus para os próximos meses, o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está especialmente preocupado com o possível
“apagão” em uma etapa-chave do processo das eleições municipais deste ano: a
convocação de mesários.
O
processo, que será deflagrado na primeira semana de agosto, precisa reunir um
exército de 2 milhões de pessoas, entre voluntários e convocados. Os nomes que
já atuaram na função em eleições passadas são os primeiros no radar dos
tribunais regionais eleitorais, mas especialistas e ex-desembargadores temem
que uma onda de atestados médicos e a judicialização das convocações abram um
vácuo sem precedentes na função.
Mesária
em três eleições consecutivas, sendo a última em 2016, a assessora Mayra
Angels, de 28 anos, lembra que este ano os representantes da Justiça Eleitoral
que compõem a mesa receptora de votos terão de ficar três horas a mais na sala
de votação após decisão do TSE.
“Isso
aumenta a exposição. A pandemia vai assustar as pessoas que forem convocadas.
Tomamos todos os dias cuidados dentro de casa, mas há muito compartilhamento de
material e documento para conferir no dia da votação”, disse.
Para
evitar um “apagão” de mesários, o TSE vai lançar uma ação midiática no mês que
vem. - “A principal preocupação do TSE é garantir que as eleições municipais
sejam seguras para eleitores, mesários, servidores e quem mais trabalhar nos
dias de votação”, disse ao Estadão o ministro Luís Roberto Barroso, presidente
do tribunal.