O promotor Osmar Legal – que atua no processo em
que Ronaldinho Gaúcho e de Roberto de Assis, irmão do ex-jogador, são
investigados por uso de passaportes falsos no Paraguai – afirmou neste domingo
(8) ao Globoesporte.com que os dois também são investigados por outros crimes.
Ronaldinho e Assis foram detidos na quarta-feira
(4) após chegar a Assunção e estão presos de maneira preventiva no país
vizinho. Eles são processados, por enquanto, por uso de documentos paraguaios
irregulares. A prisão preventiva pode durar até seis meses.
Foi o próprio Osmar Legal quem pediu, neste sábado
(8), a manutenção da prisão dos brasileiros, alegando “risco de fuga e que o
Brasil não extradita seus cidadãos”. Na tentativa de transformar o caso em
prisão domiciliar, a defesa alegou que Assis tem um problema no coração e precisa
de cuidados médicos.
Ao Globoesporte.com, o promotor falou neste domingo
sobre as possíveis vantagens do uso de passaportes irregulares. “Um brasileiro
com documentação paraguaia poderia ter a vantagem de participar de negócios em
algumas empresas no país. [Vantagens] Que não seriam dadas sem a cidadania
paraguaia”, disse Legal.
Ele declarou que não pode dizer quais serão os
próximos passos da investigação, mas citou que “há indícios de que outros
crimes foram cometidos”. Também não descreveu como os passaportes falsos
chegaram a Ronaldinho e Assis.
O promotor afirmou ainda que “é importante que eles
[Ronaldinho e Assis] sigam no Paraguai durante esse processo”. Além da detenção
do ex-jogador e do irmão, Osmar Legal solicitou a prisão preventiva da empresária
Dalia López, responsável pela ida da dupla ao Paraguai.
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