quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Delator Fred Queiróz diz que Benes  pediu 12 milhões para comprar lideranças politicas para Henrique na campanha de 2014.

O empresário Fred Queiroz, apontado na operação Manus como um dos operadores do suposto esquema criminoso comandado pelo ex-ministro Henrique Eduardo Alves, disse em delação premiada que o atual presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), Benes Leocádio, e o empresário Aluízio Dutra, ambos integrantes da coordenação da campanha de Henrique ao Governo do Estado em 2014, atuaram como distribuidores de recursos que foram utilizados para a compra de apoios políticos naquele pleito.
As informações constam no termo de colaboração premiada assinada por Fred Queiroz com o Ministério Público Federal e o Ministério Público do RN.


Em um dos depoimentos aos procuradores, Fred relata que Benes, coordenador geral da campanha no interior do estado no primeiro turno, procurou Henrique em Mossoró em setembro de 2014 para solicitar entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões, valores que seriam destinados à compra de apoio político, o que, segundo o coordenador, garantiria a vitória sem necessidade de segundo turno.
De acordo com o delator, o contato, que teria contado ainda com participações de Paulo Emídio de Medeiros, atual prefeito de São Gonçalo do Amarante, e Fabiano de Souza, então prefeito de Serrinha, aconteceu a duas semanas da eleição. Benes teria afirmado na oportunidade que a quantia era necessária até o final da semana em curso, “pois se passasse disso seria a mesma coisa que ‘remédio vencido’”.
Ainda segundo Fred Queiroz, Henrique afirmou aos coordenadores de sua campanha que não havia possibilidade de ele viabilizar o valor pedido, mas que tentaria conseguir alguma verba junto às empreiteiras Odebrecht e JBS. Após isso, o empresário disse ter tomado conhecimento de que havia “chegado” R$ 5 milhões ou R$ 7 milhões em espécie provenientes de “Joesley”, possivelmente Joesley Batista, diretor do Grupo JBS.

Este valor, supostamente enviado pela JBS – que Fred Queiroz suspeita ter sido obtido por meio do então deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não foi declarado na prestação de contas da campanha de Henrique em 2014, de acordo com o delator Fred Queiroz. 

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