Além de defender o adiamento das eleições
municipais, sob o argumento de que é preciso dar prioridade para o combate
ao coronavírus, prefeitos e dirigentes partidários
passaram a pregar também a ideia de realizar a escolha para todos os cargos do
País de uma única vez. A proposta envolve, ainda, acabar com a reeleição para o
Executivo.
A Confederação
Nacional dos Municípios (CNM) defende uma disputa única no País
a cada cinco anos, sem reeleição. Atualmente, prefeitos, governadores e o
presidente da República podem ser eleitos para dois mandatos consecutivos, cada
um deles de quatro anos.
Duas propostas de realização de
eleições únicas no mesmo ano tramitam na Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ) da Casa.
A presidente do colegiado, Simone
Tebet (MDB-MS), porém, afastou a possibilidade de discutir o adiamento do
pleito.
O presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), disse que a hora é de se concentrar apenas no combate à
pandemia. “Na hora correta, vamos cuidar da eleição.”
“Entendo que a suspensão da
eleição é inevitável”, afirmou o presidente da CNM, Glademir Aroldi, citando a
projeção de picos da doença em julho e agosto no Brasil e a estabilização em
setembro. “Quanto custa uma eleição para o País? Esse dinheiro não deveria ser
usado para o combate ao coronavírus, para tratar da saúde das pessoas?”
Presidente da Frente Nacional de
Prefeitos, Jonas Donizette (PSB), disse que o adiamento das eleições pode ser
decidido mais para frente, se for o caso.
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