O
ex-governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD) criticou a atual
chefe do Estado, Fátima Bezerra (PT) por propagar o que ele chamou de “ataques”
e “mentiras” contra seu governo (2015-2018).
“Eu
apoiei Fátima no segundo turno por entender que ela era a melhor das duas
opções que restaram. Não condicionei isso a nada. Sinceramente, nem esperei
gesto de reconhecimento dela. Agora tenho que tolerar, em silêncio, suas
críticas e ataques desde que ela assumiu. Mas não posso aceitar mentiras”,
criticou.
Em
desabafo nas redes sociais, Robinson contestou uma propaganda de Fátima em que
a governadora diz ter salvo o projeto do Banco Mundial, que estava para se
encerrar.
“Não é
verdade. Eu deixei a prorrogação desse projeto até 2021 já aprovada pelo Banco e
pelo avalista do empréstimo, que é o Governo Federal, a quem coube a palavra
final. E ficou quase metade do dinheiro disponível pra ela aplicar, pra ela dar
continuidade às obras em andamento ou previstas para esta etapa final”,
escreveu o ex-governador.
Segundo
explicou Robinson, Fátima teria ido ao banco depois de eleita porque ele pediu
que isso fosse recomendado a ela. “Meus auxiliares a avisaram que o Banco
esperava a afirmação de compromisso do novo governante eleito para que não
houvesse riscos de ‘solução de continuidade’ do projeto”.
Robinson
diz ainda que o mesmo raciocínio foi aplicado nas tratativas com o grupo chinês
Chint, responsável por trazer uma fábrica de placas fotovoltaicas para o Rio
Grande do Norte.
“Fiz a
mesma coisa com os chineses da Chint dentro do processo de transição. Tudo pra
dar plenas condições de continuidade aos projetos relevantes que precisavam
seguir independentemente de quem fosse o governo. Fiz isso pensando grande,
pensando no RN”, disse.
O
ex-gestor prosseguiu seu desabafo elencando as obras que conseguiu concluir em
seu governo, como estradas, escolas, hospitais e restaurantes populares. Ele
admitiu que enfrentou problemas por não contar com as condições políticas que
Fátima tem, mas cobrou reconhecimento da petista por seus êxitos.
“Qual a
dificuldade em ela reconhecer isso? Fale dos problemas, mas se é pra ser justa
reconheça também o que eu deixei de realizações e recursos assegurados”,
concluiu Robinson, afirmando, também, que torce para que Fátima consiga reequilibrar
as contas do Estado e ter mais diálogo com o Governo Federal.
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