Com nova Previdência, idosos de baixa renda vão
receber menos que um salário mínimo.
O governo Jair
Bolsonaro pretende criar regras diferenciadas para o público que hoje recebe o
Benefício da Prestação Continuada (BPC), concedido a idosos e pessoas com
deficiência de baixa renda. A principal mudança é que o valor do pagamento não
ficará atrelado ao salário mínimo atualmente.
Essa medida foi a que teve pior repercussão
entre os parlamentares no Congresso Nacional, após a divulgação da minuta da
reforma da Previdência com exclusividade pelo Broadcast. Deputados e senadores
já avisam que uma medida como essa não passa no plenário das duas Casas. A
avaliação é de que a ideia penaliza a população que hoje já sofre para
conseguir se sustentar.
Gustavo Porto, Idiana Tomazelli e Adriana
Fernandes, O Estado de S.Paulo
04 Fevereiro 2019 | 15h47
Atualizado 06 Fevereiro 2019 | 16h26
BRASÍLIA - O governo Jair Bolsonaro pretende
criar regras diferenciadas para o público que hoje recebe o Benefício da
Prestação Continuada (BPC), concedido a idosos e pessoas com deficiência de
baixa renda. A principal mudança é que o valor do pagamento não ficará atrelado
ao salário mínimo como é hoje.
Essa medida foi a que teve pior repercussão
entre os parlamentares no Congresso Nacional, após a divulgação da minuta da
reforma da Previdência com exclusividade pelo Broadcast. Deputados e senadores
já avisam que uma medida como essa não passa no plenário das duas Casas. A
avaliação é de que a ideia penaliza a população que hoje já sofre para
conseguir se sustentar.
Reforma da Previdência
Atualmente, há duas formas de se aposentar: por
idade ou por tempo de contribuição. Foto: Wilton Junior|Estadão
O ex-presidente Michel Temer também tentou
propor a possibilidade de pagar benefícios assistenciais abaixo do salário
mínimo, mas foi um dos primeiros pontos a cair em meio às negociações com os
parlamentares. No governo, a percepção é de que não se pode atrelar o salário
mínimo, que estabelece a remuneração básica do trabalhador, à assistência, cujo
pagamento não requer nenhuma contribuição.
Para tentar vencer as resistências, a equipe
econômica propõe uma idade menor que a atual, de 65 anos, para que os mais
pobres comecem a receber o benefício assistencial. Pessoas “em condição de
miserabilidade” e que não tenham conseguido contribuir à Previdência pelo tempo
mínimo exigido para a aposentadoria receberão R$ 500,00 a partir dos 55 anos. O
valor aumenta para R$ 750,00 a partir dos 65 anos.
Haverá ainda um benefício extra para pessoas
acima de 70 anos e que tenham contribuído por ao menos dez anos ao INSS. Esse
período é insuficiente para pedir aposentadoria, mas vai garantir um adicional
de R$ 150,00.
Nenhum comentário:
Postar um comentário