O governo do Ceará
planeja convocar até 1,2 mil policiais e bombeiros militares da reserva para
reforçar o patrulhamento nas ruas e, assim, enfrentar a onda de ataques
criminosos no estado, que chegou nesta segunda-feira (14) ao 13º dia.
A convocação dos
militares da reserva é parte das medidas aprovadas pela Assembleia Legislativa
e sancionadas pelo governador Camilo Santana.
Além da convocação
emergencial de militares reformados nos últimos cinco anos, aprovados nos
exames de saúde e físicos, as novas leis de enfrentamento à violência e ao
crime organizado permitem que o governo estadual amplie de 48 horas para 84
horas a quantidade máxima de horas extras que policiais, bombeiros e agentes
penitenciários são autorizados a fazer mensalmente.
As medidas, já em vigor,
também possibilitam ao Poder Executivo cearense assinar convênios com a União e
com outras unidades da federação para a cessão de policiais; estabelece regras
de restrição ao uso do entorno dos presídios para prevenir fugas e garantir
mais segurança, e autoriza o governo a pagar por informações que resultem na
prisão de bandidos ou evitem ataques criminosos.
Segundo a Secretaria
estadual da Segurança Pública e Defesa Social, 358 suspeitos de participar dos
ataques a prédios públicos, ônibus e obras de infraestrutura foram presos ou
apreendidos até esta manhã. Desde o começo dos ataques, no último dia 2, as
forças de segurança pública também vêm apreendendo armas e explosivos. Só na
tarde do último sábado (12), cerca de cinco toneladas de explosivos foram
encontradas em um depósito clandestino.
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