O Tribunal de Contas de União (TCU) abriu representação
contra o ex-presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, sobre possíveis
irregularidades na locação de veículos pagos com recursos de cotas
parlamentares. A apuração analisa pagamentos feitos pelo mandato do então
deputado federal, entre 2012 e 2013, para uma empresa fantasma.
Além
Henrique Alves, o procedimento também apura o uso irregular das cotas
parlamentares pelo deputado federal Lúcio Quadros Vieira Lima (MDB/BA), irmão
do ex-ministro Geddel Viera Lima.
Segundo a
representação do Procurador da República, Wellington Divino Marques de
Oliveira, foi aberto um inquérito para apurar as despesas dos dois políticos
investigados na contratação da Global Transportes e Locações, uma suposta empresa
fantasma, que que não possuía à época dos pagamentos, entre 2012 e 2013, frota
própria nem funcionários registrados.
Outra
evidência apontada contra Henrique Alves pelo Tribunal de Contas é a
apresentação de notas fiscais de um posto de gasolina de Natal (RN) nos pedidos
de ressarcimento de despesas, sendo que o carro em questão circulava em
Brasília.
A
investigação foi feita pelo Ministério Público Federal do Distrito Federal e
enviada à Corte de Contas.
A Câmara
dos Deputados deverá fazer apuração interna dos fatos e enviar o resultado ao
TCU em até 180 dias. O Tribunal também determinou que o controle interno dessa
Casa Legislativa acompanhe as providências para correção dos fatos.
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