Ex-prefeito do RN e sobrinho são alvos de operação do Ministério Público por suspeita de corrupção.
Uma operação deflagrada nesta quarta-feira (12)
cumpriu mandados de busca e apreensão pessoal, domiciliar e empresarial contra
um ex-prefeito da cidade de Doutor Severiano-RN, Francisco Nery de Oliveira (Republicanos),
além de empresários e um servidor público, que é sobrinho do ex-chefe do
executivo.
De acordo com o MPRN, o sobrinho do ex-gestor municipal movimentou cerca de R$ 11 milhões em cinco anos, valor incompatível com seus vencimentos. Durante a ação, foram apreendidos mais de R$ 120 mil na casa do ex-prefeito.
A operação Uncle cumpriu mandados de busca e apreensão
simultaneamente nas cidades potiguares de Doutor Severiano e Pau dos Ferros; e
em Fortaleza e em Jaguaribe, no Ceará. Uma pessoa
foi presa em flagrante no Ceará por porte ilegal de arma de fogo.
A ação teve por objetivo colher provas relativas a
indícios dos crimes de fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, e lavagem
de dinheiro, com apoio da Polícia Militar potiguar e do Ministério Público e
Polícia Civil do Ceará.
Documentos, papéis, computadores, notebooks, tablets,
telefones celulares e outros elementos de convicção em residências e sedes de
empresas relacionadas ao esquema foram apreendidos.
A investigação aponta que o
esquema criminoso está centrado em contratações realizadas pelo Município de
Doutor Severiano durante a gestão do então prefeito. A motivação do MPRN é
desvendar uma complexa teia de movimentações financeiras atípicas que sugerem o
desvio de recursos públicos através de contratos municipais com empresas.
O sobrinho do
ex-gestor teria atuado, segundo o MPRN, como “laranja” para dissimular a origem
e o destino dos recursos, repassando valores para integrantes da família do
ex-gestor, incluindo uma empresa laticínio da qual o ex-prefeito é
representante legal.
A ação desta quarta contou com três promotores de Justiça do MPRN, 14 servidores do MPRN, 24 policiais militares potiguares e 22 policiais civis cearenses. O material apreendido será analisado pelo Gaeco/MPRN. A ação foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPRN.
Saulo Vale


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