sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Ministério Público processa prefeita do RN por uso de imóvel alugado por prefeitura como QG político.

Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) ingressou com uma ação civil de improbidade administrativa "enriquecimento ilícito", enquadrando-se no âmbito do direito administrativo e outras matérias de direito público contra a prefeita de Caiçara do Rio do Vento, Ceiça Lisboa (União Brasil), além dos empresários Breno Wesley Nunes de Oliveira, Amanda Brígida Câmara de Oliveira e Klevison Lucas Câmara de Souza Silva.

O processo, de número 0800487-97.2025.8.20.5119, tramita na Vara Única da Comarca de Lajes e foi distribuído em 12 de agosto de 2025.

A ação investiga o aluguel de um imóvel na Rua Mandacaru, nº 2213, bairro Lagoa Nova, em Natal/RN, que teria sido utilizado como escritório político e administrativo da Prefeitura de Caiçara do Rio do Vento, apelidado por servidores e moradores de "Quartel-General" da gestão municipal.

Conforme apurado, o mesmo imóvel também servia como escritório particular do contador Breno Oliveira, um dos réus no processo, levantando suspeitas sobre o uso indevido de recursos públicos e conflito de interesses.

Enquanto isso, pacientes oncológicos, crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista) e outros cidadãos que se deslocam de Caiçara do Rio do Vento para Natal em busca de tratamento enfrentam viagens cansativas e longas esperas, muitas vezes sem alimentação ou local de descanso, retornando à cidade apenas no fim do dia.

O contraste entre o aluguel de um imóvel em área nobre da capital e as dificuldades enfrentadas por pacientes gerou forte repercussão social e críticas à gestão municipal.

Segundo o Tribunal de Justiça do RN, os réus foram intimados, mas não foram localizados para receber as notificações.

Se as irregularidades forem comprovadas, as penalidades podem incluir:

* Perda da função pública;

* Suspensão dos direitos políticos por até 14 anos;

* Multa civil e ressarcimento ao erário;

* Proibição de contratar com o poder público.

O caso continua sob análise do Ministério Público do Rio Grande do Norte e tramita no Tribunal de Justiça do RN (TJRN), sob a Comarca de Lajes.

Fonte: Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN)

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