Polícia diz que suspeito de matar psicóloga em Assú queria usá-la como “ponte para reatar com a Ex”.
Principal suspeito do assassinato da psicóloga Fabiana Fernandes Maia Veras, de 42
anos, o servidor da Justiça João Batista Carvalho Neto queria usar a
amizade da profissional com a ex-namorada dele para tentar reatar o
relacionamento, segundo a Polícia Civil.
A versão foi apresentada no
início da tarde desta segunda-feira (29) pelo delegado de Assú-RN, Valério
Kürten, após ouvir o depoimento da ex-namorada do suspeito. A mulher é
agente da Polícia Civil.
Fabiana foi encontrada morta com cortes de arma branca, na
última terça-feira (23), dentro de casa, na cidade de Assú, no Oeste potiguar.
No mesmo local, ela mantinha um consultório psicológico. No dia
seguinte, o suspeito foi preso em Natal.
Segundo a polícia, o homem é o mesmo que aparece em imagens gravadas pelas câmeras de segurança na casa da vítima menos de duas horas antes do horário em que ela foi achada morta. Ele estava de máscara, óculos, luvas, encapuzado e com uma sacola nas mãos.
Depoimento:
De acordo com o delegado, no
depoimento, a ex-namorada de João Batista
afirmou que manteve o relacionamento com ele por aproximadamente dois anos, entre
2020 a 2022, e rompeu o namoro no início de 2022.
Ainda de acordo com o delegado, a ex-namorada
afirmou que, no período em que manteve o relacionamento, o suspeito demonstrava
ser uma pessoa frustrada por não ter conseguido passar em concursos para juiz,
e achava que ganhava pouco dinheiro.
Além disso, o homem não teria o hábito de sair para
lugares diferentes e mantinha um círculo de amizades restrito, mais voltado à
namorada e aos amigos dela.
No depoimento, a mulher também afirmou à polícia que já está
em outro relacionamento, porém João Batista teria tentado entrar em contato com
ela, em janeiro deste ano, por meio de Fabiana, que era amiga dela.
O homem teria entrado em contato com Fabiana dizendo que
queria mandar um buquê de flores para a ex-namorada.
Investigação:
A delegacia responsável pela
investigação deverá solicitar à Justiça, nesta terça-feira (30), a extração dos
dados do celular de João Batista, para tentar descobrir se ele havia marcado ou
se chegou de surpresa à casa da psicóloga, em Assú, a 240 km de Natal.
A polícia também apurou que uma arma de fogo encontrada entre os objetos do suspeito tinha sido comprada por ele há cerca de 10 dias de forma ilegal.
Informações no g1-RN
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