Justiça pede cassação dos diplomas do prefeito e vice de Nova Cruz-RN, por abuso de poder.
O Ministério Público
Eleitoral defendeu a cassação dos diplomas e, portanto, dos mandatos do
prefeito de Nova Cruz-RN, Joquinha
Nogueira e do vice, Iraldo Guerra, ambos do MDB.
O órgão concordou com
os argumentos apresentados em uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral
(Aije) protocolada por Germano Targino (Republicanos), candidato que ficou em
segundo lugar na disputa eleitoral de 2024.
Segundo o parecer,
houve abuso de poder político e econômico durante a campanha, promovidos pelo
então prefeito Flávio de Berói (MDB) para beneficiar a chapa do então candidato
Joquinha, seu sobrinho, e do vice Iraldo Guerra. O MP afirma que as
contratações realizadas pela gestão municipal em ano eleitoral tiveram como
objetivo “cooptar votos e desequilibrar a disputa em favor da chapa
investigada”.
O documento aponta que o Instituto Social de Saúde e Educação do RN
(Issern) foi usado como “fachada para a mera intermediação de mão de obra”, o
que teria permitido um aumento expressivo nas contratações em 2024. Embora o
contrato fosse formalmente destinado à área da saúde, o Ministério Público
destacou que os funcionários contratados atuaram em diferentes setores da
Prefeitura, como educação, assistência social e serviços gerais.
O parecer, assinado pelo promotor eleitoral José Roberto Torres da Silva Batista, conclui que “há provas contundentes” de que as contratações foram feitas de forma irregular para beneficiar a candidatura de Joquinha Nogueira e Iraldo Guerra.
Por isso, o Ministério Público defendeu que a Justiça Eleitoral acolha a ação e aplique a punição prevista na lei: a cassação dos diplomas dos dois eleitos.
Agora RN
Nenhum comentário:
Postar um comentário