Em seu discurso de posse – marcado por momentos de
emoção quando lembrou da infância na zona rural e a trajetória da Paraíba para
o Rio Grande do Norte – a governadora Fátima Bezerra (PT) afirmou que o desafio
que assumiu nesta terça-feira, 1°, “é gigantesco”, mas que é do tamanho de sua
disposição para o trabalho.
Reiterando que irá governar para todos, “sem nunca
vender ilusões ao povo”, a governadora eleita disse que a grave crise fiscal e
financeira do RN, que ela qualificou como “legado dramático”, começa a ser
debatida nesta quarta-feira, 2, na primeira reunião com os poderes Legislativo
e Judiciário.
“Uma das faces mais cruéis dessa herança se
expressa no completo desrespeito com os servidores públicos”, afirmou, ao
lembrar que herda do governo de Robinson Faria (PSD) “uma dívida de R$ 2,6
bilhões, três folhas de pagamento do funcionalismo público atrasadas e dívidas
com fornecedores”.
A governadora adiantou que seu foco, “antes de mais
nada, será organizar as contas para colocar em dia o pagamento dos servidores”
e isto “exigirá de nós muito esforço fiscal, tanto para conter o crescimento
das despesas obrigatórias como para ampliar a arrecadação”.
Sem citar
uma única vez o nome do ex-presidente Lula e dizendo que governará para todos
os potiguares, inclusive para quem não votou nela, Fátima reconheceu que sua
eleição é a “tarefa mais desafiadora” de sua vida política.
“Em um momento tão difícil da história do nosso
Estado e do nosso País, onde o desemprego, a escassez de serviços públicos de
qualidade, o desrespeito aos trabalhadores e a insegurança afetam grandemente
as famílias, me foi confiada a honrosa tarefa de governar o Rio Grande do
Norte. De colocá-lo nos trilhos do desenvolvimento, da justiça e da inclusão
social”.
Como não poderia deixar de ser, a governadora
lembrou o tamanho da crise fiscal que ela assume em forma de uma dívida de R$
2,6 bilhões; três folhas de pagamento do funcionalismo público atrasadas e
dívidas com fornecedores que fornecem para áreas essenciais do governo.
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