Em todo o país, segundo o Conselho de
Secretários Municipais de Saúde, 2.844 trocaram programas básicos de saúde pelo
Mais Médicos. Na zona rural de Janduís, a 300 quilômetros de Natal, o posto de
saúde está sem médico há dez dias, depois da saída do profissional que atuava
lá para o programa Mais Médicos.
Nesta quarta-feira
(6) foi o terceiro dia de trabalho da médica Kássia Galvão, em Santa Maria, a
66 quilômetros de Natal. Ela deixou um programa do Ministério da Saúde em outro
município do Rio Grande do Norte e assumiu a vaga deixada por uma médica
cubana, no Mais Médicos. O salário mais alto contribuiu para a decisão da
mudança. Essa é a mesma situação de outros 109 profissionais da medicina que
atuavam na atenção básica à saúde no estado potiguar.
Kássia Galvão
estava lotada na cidade de Lagoa Salgada e por lá recebia R$ 7 mil. O Mais
Médicos está pagando R$ 11.800, líquido.
No Rio Grande do
Norte, 110 médicos saíram do Programa de Estratégia de Saúde da Família e foram
para o Mais Médicos. Os dados foram confirmados pela Secretaria de Estado da
Saúde Pública (Sesap).Isso representa a
metade dos profissionais que atuavam na atenção básica. As vagas deixadas pelos
cubanos estão sendo ocupadas, porém surgiu um problema: está faltando médico
nos municípios mais distantes.
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