Seis juízes potiguares recebem proteção especial atualmente por causa de
riscos gerados pelo trabalho, confirma o Tribunal de Justiça do Rio Grande do
Norte. De acordo com a instituição, tratam-se de "ameaças veladas,
eventualmente de morte". Todos os magistrados são da ativa.
O reforço na segurança dos juízes é feito pelo próprio tribunal, após
pedido feito pelo profissional meio de ofício, telefone ou mesmo pessoalmente.
Questionado, porém, quanto é investido no aparato extra de segurança, o
judiciário estadual informou apenas que os custos são variáveis e
"referem-se à locação de veículos, pagamento de diárias operacionais e
combustível".
O Tribunal do Trabalho e a Justiça Federal do Estado negam ter juízes
nessas circunstâncias.Um estudo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgado em maio
identificou 110 magistrados sob ameaça no país, ao longo do ano passado. Em 97%
dos casos, ainda conforme o CNJ, o desempenho profissional dos juízes tem
relação com ameaça.
Como a Justiça brasileira tem cerca 18 mil membros, uma média de seis
juízes, em cada mil, receberam algum tipo de ameaça em 2017. Ainda de acordo
com a pesquisa, a pessoa responsável pela potencial agressão é conhecida do
magistrado em 65% das situações.
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