Após a prisão do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado na Lava Jato,
investigadores ligados à operação dizem que os próximos passos devem ser o
aprofundamento das apurações contra líderes de outros partidos, assim como a
aprovação de mudanças na legislação penal e o fim do foro privilegiado.
O delegado da Polícia Federal Milton Fornazari
Júnior, responsável pela Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros
em São Paulo (Delecor), afirmou em uma rede social que “agora é hora de serem
investigados, processados e presos os outros líderes de viés ideológico
diverso, que se beneficiaram dos mesmos esquemas ilícitos que sempre existiram
no Brasil (Temer, Alckmin, Aécio etc).”
O Estado procurou no sábado as assessorias do
presidente Michel Temer (MDB), do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do
senador Aécio Neves (PSDB-MG), mas até a noite deste domingo, 8, nenhuma delas
se havia manifestado.
Temer foi denunciado
duas vezes e é investigado em um inquérito pela Procuradoria-Geral da
República. Aécio foi denunciado e é investigado na Lava Jato. Alckmin é
investigado em inquérito por caixa 2 no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em
razão da delação da Odebrecht.
O texto de Fornazari foi publicado no sábado, 7,
no momento em que Lula era levado pela PF para Curitiba (PR). A um amigo que
lhe perguntou se podia compartilhar, ele respondeu: “Fique à vontade”.
Neste domingo, 8, porém, o policial o retirou do
ar. E publicou novo texto: “Para você que gosta de me monitorar aqui, não
adianta se articular, vamos continuar prendendo os corruptos de todos os
gêneros”.
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