BRASÍLIA - O ministro Luís
Roberto Barroso, do Supremo
Tribunal Federal (STF), determinou a quebra do sigilo bancário do
presidente Michel
Temer no inquérito que investiga supostas irregularidades
no decreto dos Portos. Em nota, o Palácio do Planalto informou que vai
solicitar e divulgar os extratos do presidente.
"O
presidente Michel Temer solicitará ao Banco Central os extratos de suas contas
bancárias referentes ao período mencionado hoje no despacho do iminente
ministro Luís Roberto Barroso. E dará à imprensa total acesso a esses
documentos. O presidente não tem nenhuma preocupação com as informações
constantes suas contas bancárias", diz a nota.
Um
inquérito foi aberto no STF para investigar se Temer beneficiou a Rodrimar no
Porto de Santos em troca de propina. O presidente é suspeito de ter cometido os
crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A defesa do presidente
sustenta que o decreto, editado por ele em 2017, não beneficiou a empresa
Rodrimar.
A
procuradora-geral da República, Raquel Dodge, divergiu da Polícia Federal e não solicitou a quebra dos
sigilos bancário e fiscal de Temer.
O inquérito foi instaurado no dia 12 de setembro por Barroso, a
pedido do então procurador-geral da República Rodrigo Janot. O caso tem origem
na delação da JBS, relatada originalmente pelo ministro Edson Fachin, também do
STF.
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