Rosalba Ciarlini e ex-gestores são condenados por esquema de propina na construção da Arena das Dunas.
A ex-governadora do Rio Grande do
Norte, Rosalba
Ciarlini, e a construtora Coesa (antiga OAS) foram condenadas
por envolvimento em um esquema de propina durante a construção da Arena das Dunas, em
Natal, para a Copa do Mundo de 2014.
Também foram condenados Carlos Rosado, marido de
Rosalba e então secretário-chefe do Gabinete Civil, Luciano Silva,
vice-presidente do Sindicato da Construção Civil Pesada do RN à época, e Demétrio Torres,
ex-secretário extraordinário da Copa 2014.
Segundo a sentença, os réus deverão
pagar mais de R$ 2,3
milhões em multas e ressarcimentos. O Ministério Público
Federal (MPF) recorreu na última sexta-feira (12) pedindo aumento dos valores e
a perda de função
pública, incluindo possível cassação de aposentadorias.
A Construtora Coesa informou que já
recorreu da decisão e que não teria sido responsável por nenhum dano ou ilícito
enquanto pessoa jurídica. A defesa de Rosalba, Carlos Rosado e Demétrio Torres
não se manifestou até a última atualização da reportagem. A tentativa de
contato com a defesa de Luciano Silva segue em andamento.
Sobre o Caso
De acordo com o MPF, o esquema foi investigado
na Operação
Mão na Bola, deflagrada em dezembro de 2019. Entre 2011 e 2014,
recursos do BNDES destinados à construção da Arena
foram desviados em pagamentos a empresas subcontratadas por serviços fictícios
ou superfaturados, gerando “caixa dois” em dinheiro vivo.
O objetivo das propinas era garantir o contrato de
parceria público-privada e evitar greves que prejudicassem a obra. A ação de
improbidade administrativa foi embasada em documentos, depoimentos de testemunhas e réus
colaboradores, incluindo o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro,
e o doleiro Alberto Youssef.
Os condenados foram enquadrados por enriquecimento ilícito.
Além da restituição do dinheiro desviado e multa de igual valor, Rosalba e
Carlos Rosado podem perder função pública, tiveram suspensão dos direitos
políticos e
estão proibidos de contratar com
o poder público por 14 anos.
Com informações no portal 98FM

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