Os
professores da rede estadual de ensino deflagraram, nesta quarta-feira (4), uma
greve por tempo indeterminado. Em assembleia geral da categoria realizada na
Escola Estadual Winston Churchill, em Natal, os educadores decidiram não acatar
a proposta que o governo havia apresentado na véspera para pagar o novo piso
salarial da categoria.
Na
terça-feira (3), o governo sugeriu repassar os 12,84% de aumento que foram
definidos em janeiro pelo Ministério da Educação de forma parcelada. A proposta
da governadora Fátima Bezerra era conceder o aumento para os servidores da
ativa em três vezes de 4,11%: em junho, setembro e dezembro. Para os
aposentados, as mesmas alíquotas seriam atribuídas em agosto, outubro e
dezembro.
Ainda
segundo a proposta, o pagamento do retroativo ao mês de janeiro de 2020 seria
feito em 24 parcelas.
Na semana
passada, os professores já tinham rejeitado uma primeira proposta de pagamento
escalonado. A gestão estadual tinha sugerido dar um aumento de 4,28% em maio
deste ano, mais 4,28% em janeiro do ano que vem e outros 4,28% em abril de
2021.
Apesar da
melhora, a nova proposta – que inclui o reajuste todo dentro do ano de 2020 –
continuou desagradando. O coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em
Educação Pública do Rio Grande do Norte (Sinte-RN), José Teixeira, declarou que
a categoria vai elaborar uma contraproposta que deve ser entregue ao governo
nos próximos dias. “Não vamos defender essa proposta (do governo) e vamos
construir outra”, destacou o professor.
Em nota,
a Secretaria Estadual de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Seec) disse que
respeita a decisão dos professores, mas que o “canal de diálogo” continua
aberto. A pasta afirma que há margem para negociação e que aguarda uma
contraproposta do sindicato dos educadores. A secretaria pediu, contudo,
cautela diante do “atual cenário econômico do Estado”. Desde janeiro de 2019,
está em vigor um decreto que reconhece situação de calamidade nas finanças
públicas do RN.
Na
assembleia geral desta quarta-feira, o ponto que gerou maior discordância entre
os professores diz respeito ao pagamento do retroativo.
DA REDAÇÃO: Podemos ter uma das
maiores greve da educação do RN. Veja como as coisas mudam! A governadora Fátima
mudou de postura radicalmente, em anos passados enquanto sindicalista, deputada
e senadora, Fátima protestou contra a falta de investimento e atenção com a
educação do estado em outros governos, e agora com a caneta na mão lhe falta
competência para resolver os problemas.
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