O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez
um discurso duro nesta sexta-feira ao deixar a sede da Polícia Federal em
Curitiba, onde esteve preso por 580 dias, no qual questionou a legitimidade da
eleição de Jair Bolsonaro, e fez ataques ao ministro da Justiça, Sergio Moro, e
ao coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol.
O ex-presidente disse a apoiadores em frente
à sede da PF na capital paranaense que o candidato do PT à Presidência em 2018,
Fernando Haddad, teve a eleição “roubada” e afirmou que, se juntar Moro,
Dallagnol e o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) —que o condenou em
segunda instância— num liquidificador, não dará 10% da honestidade que ele
representa.
“Quero que vocês saibam que o lado mentiroso
da Polícia Federal, que fez inquérito contra mim, o lado mentiroso e canalha de
parte do Ministério Público e da força-tarefa (da Lava Jato) e o Moro, mais o
TRF-4, eles têm que saber que eles não prenderam um homem, eles tentaram matar
uma ideia”, disse Lula a uma plateia que o ovacionava com bandeiras e faixas.
O petista de 74 anos, que governou o país
entre 2003 e 2010 e que foi solto depois de, na véspera, o Supremo Tribunal
Federal (STF), decidir por 6 votos a 5 que não é possível iniciar o cumprimento
da pena após condenação em segunda instância, questionou mais de uma vez a
lisura da eleição presidencial de 2018.
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