Oitenta pessoas nos corredores, 22 duas no centro cirúrgico e duas salas
cheias com pacientes entubados. Esta era a situação até o final da manhã desta
quinta-feira (14) do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, maior hospital público
do Rio Grande do Norte. A unidade de saúde está superlotada e a direção teme
que a situação se agrave durante o feriadão.
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) informou que está
tomando medidas para tentar desafogar a unidade. De acordo com o secretário
adjunto da pasta, Teotônio Spinelli, a expectativa é de que a situação seja
"diluída" nos próximos 15 dias.
Segundo a diretora do Walfredo, Fátima Pinheiro, a superlotação decorre
de fatores externos ao Walfredo Gurgel. Um deles é o fim do contrato dos
médicos cooperados que atendiam no Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim,
na Região Metropolitana. Isso acarretou em um desvio de fluxo de pacientes para
o Walfredo.
Além dessa questão, ainda de acordo com Fátima Pinheiro, a Clínica Paulo
Gurgel atingiu o teto anual de cirurgias que realiza para o Estado e não está
mais recebendo demandas. O Hospital Memorial, que também auxilia nos
atendimentos, consegue atender três encaminhamentos do Walfredo Gurgel por dia,
o que não está sendo suficiente.
Fátima Pinheiro explica que esse conjunto de fatores tem contribuído
para que a unidade fique lotada. De acordo com ela, com a chegada do feriado e
do fim de semana, em que comumente aumenta o número de atendimentos e ainda há
uma quantidade menor de médicos de serviços, por causa das escalas, a situação
pode se agravar.
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