Os
policiais civis do Rio Grande do Norte decidiram nesta segunda-feira, 7,
realizar paralisação das atividades no próximo dia 21 de outubro. A categoria
espera, a partir desta medida, que o Governo do Estado acelere processos de
progressão e promoção para agentes e escrivães. Cerca de 80% da força da
Polícia Civil aguarda há três anos, em média, para alcançar um novo nível
operacional.
A
deliberação sobre a parada aconteceu na sede do Sindicato da Polícia Civil do
Rio Grande do Norte (Sinpol), no bairro de Cidade Alta, na zona Leste de Natal.
Em uma concorrida assembleia geral, com a presença de quase 200 profissionais –
entre agentes, escrivães e aposentados –, a definição fina foi a de que a
categoria precisa recrudescer nas exigências feitas ao Governo do Estado.
“Nossa
pauta é simples, e tem a ver com as nossas promoções e progressões. O nosso
projeto de reestruturação é todo voltado para isso. Esperamos que o Governo do
Estado cumpra com o termo de acordo assinado com a categoria. Queremos que as
negociações avancem e não fiquem apenas na embromação”, disse Nilton Arruda,
presidente do Sinpol.
Um dado
negativo, os agentes e escrivães da Polícia Civil do Rio Grande do Norte têm o
terceiro pior salário de todo o Brasil. O piso salarial de R$ 3,755 mil só fica
à frente do que é pago para policiais de São Paulo (R$ 3,743 mil) e do estado
do Ceará (R$ 3,723 mil).
As
informações estão no Ranking Salarial da Polícia Civil Brasileira 2019. O
estudo foi elaborado pelo Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São
Paulo (SINDPESP) com base em dados oficiais colhidos por meio do Portal da
Transparência, Diário Oficial e Secretarias de Segurança Pública de todos os
estados da Federação.
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