A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra,
defendeu nesta segunda-feira, 16, na abertura da 4ª Assembleia Geral do
Consórcio Nordeste, uma reforma tributária “para valer”, que não vise apenas
simplificar os tributos, onerando as classes mais pobres, mas que taxe as
grandes fortunas.
A
governadora lembrou que, apesar da importância para o futuro do Brasil, as
discussões sobre a proposta sempre esbarram em obstáculos. “Esta é uma
das reformas mais impactantes, mais essenciais, no entanto, até hoje não
conseguimos avançar nesse tema. Nosso papel, no fórum de governadores do
Nordeste, é formular uma proposta para levar a debate no fórum geral de
governadores”, disse Fátima durante o evento, que foi realizado em Natal, com a
presença de sete governadores e um vice-governador.
Segundo
entidades municipalistas, 60% da arrecadação de tributos ficam com a União,
cabendo a estados e municípios o rateio dos 40% restantes. “É impossível os
estados e municípios sobreviverem com essa distribuição tão injusta. Temos o
compromisso de lutar para inverter esta lógica. É lamentável que, em pleno
século 21, o Brasil seja um dos poucos países que ainda não taxaram as grandes
fortunas”, observou Fátima Bezerra.
A reforma
foi um dos temas da reunião. Os governadores discutiram, ainda, a agenda
Europa, concessões, situação da Petrobras na região e o projeto Nordeste
Conectado. “Não basta apenas cuidar da infraestrutura física – ferrovia, porto,
estradas. Isso é fundamental. Mas a chamada infraestrutura tecnológica se impõe
pelos tempos que vivemos hoje. Não podemos, de maneira nenhuma, negligenciar
isso”, enfatizou a governadora do Rio Grande do Norte.
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