O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
defendeu a inclusão do fim da estabilidade e a possibilidade de redução do
salário do servidor público na reforma administrativa. Maia disse que
as mudanças, no entanto, só deverão valer para quem entrar no serviço público
após o início da vigência das novas regras.
“Meu radar é todo para frente. Essa discussão para
trás é ruim. Reduzir salário hoje de quem entrou e tirar a estabilidade é ruim.
Tem gente que diz que essa discussão da estabilidade não está necessariamente
garantida para trás. Defendo que, para a gente ter uma reforma mais rápida, a
gente não deve olhar para trás. Só para o futuro”, afirmou.
Ele disse aguardar o envio de uma proposta da parte
do governo federal.
Brasil quebrou
Maia participou nesta segunda-feira (2) de um
encontro com cerca de 70 empresários no Rio, promovido pela Associação
Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (ABRIG). Durante mais de
uma hora, o deputado bateu na tecla de que é preciso reduzir as despesas para
que os setores público e privado voltem a investir.
“Muitos não acreditam que o Brasil quebrou. Acham
que a gente vai resolver tudo com um jeitinho. Isso não vai acontecer. Não é
que o governo não queira investir. O governo não tem dinheiro”, disse. “A
despesa corrente é muito forte. A gente não consegue projetar e melhorar o
futuro do país”, acrescentou.
Segundo o deputado, o descontrole das contas
públicas se agravou de 2015 para cá, com o aumento aprovado pelo Congresso para
o Judiciário. “Hoje o servidor público federal ganha em média 67% a mais que o
da iniciativa privada em funções semelhantes. Nos estados essa diferença gira
em torno de 30%”, comparou.
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