Na
véspera da votação da reforma da Previdênciano
plenário da Câmara , o governo
abriu caminho para a liberação de verbas em busca de
votos para aprovar a proposta. De acordo com levantamento da ONG Contas Abertas , só nos
primeiros cinco dias de julho, foram empenhados R$ 2,551 bilhões.O empenho vale
como uma garantia de que os recursos serão efetivamente liberados.
Segundo
parlamentares da base do governo, o clima favorável à reforma melhorou desde a
semana passada, quando a matéria passou na Comissão Especial. Ontem, o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se
reuniu novamente com líderes dos partidos e fechou acordo para tentar concluir
a votação da proposta ainda nesta semana, em dois turnos. O acordo, no entanto, tem como pressuposto a
manutenção do texto aprovado na Comissão Especial, preservando a economia de
quase R$ 1 trilhão em dez anos. O PSL, por exemplo, afirmou que não pedirá
alterações no texto.
Pelas contas do
governo, será possível aprovar o texto com mais votos do que o mínimo
necessário, de 308 de um total de 513 deputados. Os cálculos mostram entre 330
e 340 votos. A ideia é que, se for preciso, haverá sessão até sexta-feira. Os
deputados do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, foram
orientados a não comprarem passagens de volta a suas bases antes da votação.
A
liberação dos recursos foi uma promessa do governo aos parlamentares para
aprovar a reforma da Previdência na Câmara. O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS),
prometeu destinar R$ 10 milhões para cada deputado, inclusive novatos, pela
votação da proposta na Comissão Especial, o que aconteceu na semana passada, e
mais R$ 10 milhões pelo avanço no plenário. Outros R$ 20 milhões seriam
entregues no fim do ano.
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