Às vésperas da votação no plenário da Câmara dos
Deputados, a proposta que modifica as regras para se aposentar no Brasil conta
com o apoio de 247 deputados, aponta o Placar da Previdência, feito pelo
‘Estado’. Desses, 229 afirmam que dariam sim à reforma com o mesmo teor que foi
aprovado na Comissão Especial, e 18 condicionaram a aprovação a ajustes.
Seriam precisos mais 61 votos para chegar aos 308
necessários para se aprovar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) na
Câmara. Esse apoio, porém, é o maior já registrado em todas as edições do
Placar da Previdência já feitas pelo Estado.
Depois que a proposta do ex-presidente Michel Temer
foi aprovada na Comissão Especial, em maio de 2017, o Placar da Previdência
apontara a rejeição de 225 deputados ao texto e o apoio de apenas 83.
Nas contas do presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), a reforma já tem o apoio de mais de 308 deputados. De acordo com ele,
este quórum é resultado dos eleitores, que passaram a compreender que o
“sacrifício” da Previdência vale a pena para que as próximas gerações tenham um
futuro melhor. ” A Câmara é reflexo da sociedade”, disse Maia ao Estado.
Neste sábado (6), o presidente da Câmara se reuniu
com líderes partidários, com o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo
Ramos, e o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia,
Rogério Marinho, para tentar um acordo para a votação do projeto ainda antes do
recesso parlamentar, em 18 de julho. Ao final, Maia disse acreditar que a
proposta será aprovada “com uma boa margem”.
O governo também viu com bons olhos a sinalização
dada pelo Placar da Previdência. “Hoje, o clima é favorável”, disse Marinho ao
Estado. “Estamos confiantes que o tema amadureceu junto à sociedade e foi
incorporado ao Parlamento.”
O Estado procurou todos os 513 deputados nas
últimas duas semanas por telefone, e-mail ou assessoria de imprensa. Dos 446
que responderam (87% do total da Câmara), 97 disseram que votariam contra,
mesmo que haja alterações, 26 se declararam indecisos, 75 não quiseram
responder e um deputado disse que estará ausente na votação por licença médica.
Outros 66 não responderam aos questionamentos. Maia não vota.
O PSL, partido do presidente, garante 35 votos já
certos para aprovar o texto, de uma bancada de 54 deputados. Já o DEM, de Maia,
tem 23 votos favoráveis de um total de 28 deputados.
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