A maioria
das agências bancárias de Natal não deverá ter atendimento ao público na próxima
sexta-feira, 14. Funcionários de bancos públicos e privados vão aderir à
paralisação nacional de trabalhadores contra a proposta de reforma da
Previdência que tramita no Congresso Nacional. No Rio Grande do Norte, a adesão
dos bancários foi decidida em assembleia na semana passada, com apenas um voto
contrário.
Nesta
quinta-feira, 13, a categoria deverá se reunir em nova assembleia, desta vez
para organizar os atos que acontecerão na “greve geral” programada para sexta.
Além da paralisação do atendimento nas agências, estão previstos protestos em
frente aos bancos. À tarde, o grupo deverá se unir a demais categorias que
planejam fazer uma passeata no sentido zona Sul da avenida Salgado Filho, a
partir das imediações do shopping Midway Mall.
Segundo o
coordenador-geral do Sindicato dos Bancários do RN, Paulo Eduardo Xavier, o
governo do presidente Jair Bolsonaro tenta “privatizar” a Previdência Social ao
propor a adoção de um sistema de capitalização para a aposentadoria. Pelo
regime, a contribuição previdenciária descontada do salário bruto vai para uma
conta individual do trabalhador. É essa poupança que será usada para bancar a
aposentadoria no futuro.
Na
opinião de Paulo Eduardo Xavier, uma única contribuição (a do trabalhador) não
renderia o suficiente para bancar benefícios no futuro. “A greve é pelo direito
de se aposentar. Com a capitalização, acaba a Previdência. Hoje, são três
patrocinadores: o trabalhador, a empresa e o governo. A partir da reforma, o
trabalhador será o único patrocinador. Ele vai escolher um banco, abrir uma
conta, contribuir para ela e só vai poder mexer 35 anos depois”, critica.
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