Alegando
que não pesará sobre as contas do Estado e que usará orçamento próprio da
Assembleia Legislativa, os deputados estaduais do Rio Grande Norte
aprovaram, sem discussão, o pagamento de décimo terceiro e férias para si
próprios, incrementando seus salários que atualmente é de R$ 25.322,25, no
momento em que o Governo tenta equilibrar as finanças, sem data para pagar
quase quatro folhas de servidores que foram deixadas pela gestão passada.
O projeto
agora está nas mãos da governadora Fátima Bezerra, que, se depender da pressão
que tem enfrentado, não sancionará. Mesmo assim, o presidente da Casa, vereador
Ezequiel Ferreira, poderá promulgar e fazer valer lei.
Movimentos
sindicais e movimentos de Direita, como o Força Democrática, Endireita Natal e
Movimento Brasil Livre (MBL) rechaçaram a medida e exigem que esta seja vetada.
Coordenador do MBL no Rio Grande do Norte, Henrique Neiva classifica a
aprovação como uma “jogada suja”. “A nossa posição é de extremo repúdio a essa
jogada suja que aprovou, no mesmo dia, a calamidade financeira do Estado e a
aprovação deste benefício que gera um gasto de R$ 4,1 milhões a título de 13º
salário e férias dos deputados.
Não podemos aceitar que esse tipo de matéria seja pautada na Casa do Povo, principalmente, no momento de uma crise financeira sem precedentes como a que estamos passando e que necessita de medidas austeridade e responsabilidade, que os deputados demonstraram não ter nenhuma”, afirmou.
Não podemos aceitar que esse tipo de matéria seja pautada na Casa do Povo, principalmente, no momento de uma crise financeira sem precedentes como a que estamos passando e que necessita de medidas austeridade e responsabilidade, que os deputados demonstraram não ter nenhuma”, afirmou.
A
presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público da Administração
Direta do RN (SINSP/RN), Janeayre Souto, divulgou vídeo também cobrando o veto.
“Os deputados estaduais ignoraram a crise financeira vivida pelo estado do Rio
Grade do Norte. Para eles, a crise é só para o poder Executivo (…). É
necessário que a governadora Fátima Bezerra vete essa vergonha (…). Os serviços
e os servidores públicos precisam desse ato seu nesse mês de março: não
sancionar essa lei. É o minimo de respeito aos serviços e servidores do nosso
estado” reclamou.
Os novos
benefícios para os parlamentares foram aprovados sem passar antes pelas
comissões temáticas. A dispensa de tramitação foi definida em reunião dos
líderes partidários e de bancada da Assembleia. No plenário, a votação foi
simbólica. Após a aprovação da AL, o projeto em questão já foi encaminhado para
o Gabinete Civil do Governo do Estado e a governadora Fátima Bezerra tem até 20
de março para decidir se sanciona ou não a medida.
A
assessoria de imprensa da governadora Fátima Bezerra informou que ainda não há
um posicionamento oficial da governadora sobre a matéria, apesar da especulação
da imprensa de que ela já teria informado à Presidência da Assembleia
Legislativa.
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