O poder político passará por modificações no legislativo federal. O novo
desenho apaga, por pelo menos dois anos, as figuras de dois protagonistas das
oligarquias políticas do Estado: José Agripino Maia e Garibaldi Alves, que
ficarão sem mandato a partir de janeiro e perdem o discutido foro privilegiado.
Garibaldi Alves, que já foi o senador de um milhão de votos, agora
obteve pouco mais de um terço deles. A maior parte do eleitorado optou pela
mudança, elegendo Styvenson Valentin e Zenaide Maia.
O outro senador, José Agripino, que já vinha em baixa com o eleitorado
potiguar, optou por uma candidatura a deputado federal como um puxador de votos
para a coligação. A tática não funcionou José Agripino perdeu as eleições,
seu filho Felipe Maia sequer concorreu na tentativa de salvar o pai (para não
deixá-lo sem mandato) e também ficará fora da política nos próximos dois anos.
Em nível de legislativo estadual, a derrota nas urnas de Márcia Maia também
pode representar uma ruptura com o modelo tradicional de fazer política por
meio de “força familiar”.
Ainda na área legislativa, outra família sofreu duas derrotas significativas
nas urnas. Beto Rosado, candidato a deputado federal, e Larissa Rosado, a
deputada estadual, não conseguiram se reeleger.Das três famílias tradicionais,
os Alves permanecem com um fôlego para mais quatro anos, com a vitória de
Walter Alves para deputado federal.
Na família Rosado, a prefeita de Mossoró, Rosalba
Ciarlini, deverá tentar a reeleição para a prefeitura de Mossoró em 2020. O
mesmo já se diz de Felipe Maia, que deverá ser candidato a prefeito de Natal e,
por isso, estaria dando um “descanso” para cuidar dos negócios da família.
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