O
governador Robinson Faria (PSD) vai adotar a neutralidade no segundo turno das
eleições para o Governo do Estado e Presidência de República. Com a tentativa
frustrada de se reeleger ao cargo, ficando em terceiro lugar na disputa do
primeiro turno, obtendo pouco mais de 190 mil votos, ele diz que vai se dedicar
para entregar um Estado equilibrado financeiramente ao seu sucessor no
executivo estadual.
“Vou
ficar neutro. Não vou tomar posição política. Não quero falar bem ou mal dos
candidatos envolvidos na disputa. Se o povo não me quis no segundo turno, cabe
a mim ficar na neutralidade, e em silêncio. Também não vou me posicionar com
relação aos que disputam a presidência”, disse Robinson Faria, em entrevista
para a rádio 98 FM.
O segundo
turno no Rio Grande do Norte será disputado por Fátima Bezerra (PT) e Carlos
Eduardo Alves (PDT).
Com o
término do mandato, ele pretende retornar ao setor privado a partir de 1 de
janeiro de 2019. “Depois de 32 anos de vida pública, como sempre fui
empresário, eu vou voltar para o setor privado. Quero cuidar da minha vida e
dos meus filhos”, relata. No entanto, ele não descarta voltar para a vida a
pública no futuro.
Robinson
também reforça que irá entregar um Rio Grande do Norte melhor do que recebeu.
“Vou trabalhar com motivação até o último dia de governo. Vou entregar um
Estado muito melhor do que recebi. Realizei mil e duzentas obras, apesar de ter
recebido um Estado falido, com sete anos de seca e sem ajuda da bancada
federal”, diz.
Na
opinião do atual chefe do executivo, o resultado adverso obtido nas urnas deste
ano tem nome e sobrenome: atraso salarial. O Governo do Estado não cumpre com o
calendário de pagamentos há dois anos. O 13º salário de 2017 de parte dos
servidores ainda não foi pago. “O servidor puniu quem o protegeu. A minha
opção, com o coração solidário, era perseverar – tentando vencer a crise para
colocar a folha em dia – ou ter tomado a medida drástica que era de demitir até
20 mil servidores estaduais”, aponta.
Segundo
Robinson Faria, o Governo do Estado poderia realizar o corte de servidores –
comissionados e efetivos – com o objetivo de se adaptar aos ditames da Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF). “Quando se ultrapassa quatro quadrimestres acima
do limite legal, o governador fica autorizado a demitir servidores
comissionados e efetivos.
Eu poderia, numa canetada, demitir 20 mil pessoas. O
servidor que eu não demiti acabou não entendo minha posição. Ficaram com a
sensação de raiva e revolta. Os atrasos de salários fizeram com que a população
não votasse em mim. Joguei fora minha reeleição para proteger 20 mil
servidores”, lamenta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário