Pesquisa CNI/IBOPE, divulgada no fim de junho, indicou um percentual
significativo de votos em branco ou nulos. No cenário em que não é apresentada
uma lista de candidatos para o entrevistado, o percentual de brancos e nulos
chegou a 31%. A quantidade de pessoas que declararam não saber em quem votar ou
não responderam à pesquisa chegou a 28%. Ao todo, 59% dos eleitores não citaram
intenção espontânea de votar em algum candidato.
Esses dados refletem o desencantamento do eleitor com a política e os
recentes escândalos de corrupção, bem como a difícil situação econômica do
país. Segundo dados da pesquisa Ibope, o fato de a candidatura do ex-presidente
Lula não estar confirmada leva ao grande número de pessoas que se mostram
indecisas na pesquisa.
Para amenizar o clima de pessimismo, a coordenadora do curso de Ciências
Políticas do Centro Universitário Internacional Uninter, Andréa Benetti, lembra
que o processo democrático do Brasil é novo e, com o passar do tempo, a
população está adquirindo mais conhecimento sobre a esfera política.
Afinal, como se decidir entre tantos candidatos e partidos? A especialista
listou duas formas de medir a honestidade de um candidato. A primeira é avaliar
as principais propostas e a viabilidade para implementar. “Em seguida,
recomendo verificar a coerência de suas ações na vida pública. Se a trajetória
política indicar ações apenas para satisfazer interesses próprios, ele fará
qualquer coisa para se manter no poder”, explica.
Para se aprofundar sobre os candidatos, Andréa alerta que a fonte mais
confiável ainda é o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que conta hoje com uma
interface mais agradável visualmente em relação a anos anteriores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário