Pente-fino corta R$ 10 bi em gasto irregular com
5,7 mi de beneficiários de programas sociais.
Dentro
de uma operação pente-fino que busca reavaliar a destinação dos recursos
públicos e corrigir eventuais irregularidades na área social, o governo
identificou, entre o segundo semestre 2016 e maio deste ano, R$ 10 bilhões em
pagamento indevidos a beneficiários de três programas, Bolsa Família,
aposentadoria por invalidez e auxílio-doença.
No
total, foram cancelados benefícios de 5,7 milhões de pessoas: 5,2 milhões do
Bolsa Família e 478 mil de auxílios-doença e aposentadoria por invalidez.
Para se
ter uma dimensão do montante financeiro, apenas no ano passado, a despesa
total com esses três programas foi de R$ 107,4 bilhões.
Os
beneficiários que não se enquadravam nas exigências previstas tiveram os
pagamentos suspensos ao longo desse período. Os recursos economizados foram
redirecionados para reduzir o déficit assistencial do governo em diferentes
áreas.
A
expectativa é que o pente fino em andamento encontrará outros R$ 20
bilhões em benefícios irregulares até 2020, segundo o Ministério do Desenvolvimento
Social.
Até o
momento, além de aposentadoria por invalidez, Bolsa Família e auxílio-doença, o
comitê tem avaliações em andamento também do Fies (Financiamento Estudantil),
do seguro defeso (espécie de seguro desemprego temporário do pescador
artesanal) e o BPC (Benefício de Prestação Continuada).
Os
primeiros cortes começaram em 2016, quando se deu início aos cruzamentos de
dados do Bolsa Família. Nessa fase, concluiu-se que R$ 790 milhões vinham sendo
pagos a pessoas com renda mensal média acima de R$ 178.
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