A prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reacendeu
a discussão sobre um tema que tem sido a justificativa para a “impunidade” de
vários outros políticos no Brasil: o
foro privilegiado. E a proposta de emenda à constituição (PEC) que poderia
acabar com essa “jabuticaba” (só tem no Brasil) está travada na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, vítima, aparentemente, de
um “acordão” entre partidos de esquerda e direita.
E o que a bancada potiguar na Câmara dos Deputados pensa disso?
Nada. Pelo menos, essa foi a resposta mais ouvida pela reportagem do Agora RN
quando procurou os parlamentares. Essa ausência de retorno valeu para os
deputados federais Felipe Maia (DEM), Zenaide Maia (PHS), Rogério Marinho
(PSDB), Walter Alves (MDB), Beto Rosado (PP) e Fabio Faria (PSD).
As únicas exceções a essa insensibilidade quanto ao clamor social
foram os deputados Antônio Jácome (PODEMOS) e Rafael Motta (PSB). “Sou contra o
foro privilegiado, porém é uma discussão ampla. Há prerrogativas que precisam
ser debatidas. É preciso votar outras questões também, como o abuso de
autoridade, por exemplo, que também cabe uma discussão aprofundada”, analisou
Motta.
Antônio Jácome foi além e criticou o caráter segregador do
benefício. “Entendo que nenhum parlamentar, político, magistrado, membro do MP,
precisa se esconder atrás do foro privilegiado”, afirmou, acrescentando que “há
muitos anos venho defendendo isso. Não podemos ter cidadãos de primeira e
segunda categoria. E ninguém está acima da lei”.
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