Para pressionar líderes, governo
antecipa calendário da Previdência para dia 14.
O
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vai começar a discutir em plenário
na próxima quinta (14) a reforma
da Previdência. Por falta de votos, o governo havia encerrado a
semana marcando
para o dia 18 o início das discussões.
Com isso, a votação
em si é que começaria no dia 18, quatro dias antes do recesso parlamentar. A
intenção do governo é forçar líderes da base aliada a falar a favor da reforma.
Com isso, a expectativa é aumentar o número de votos.
Ainda no sábado (9),
o PPS, cuja bancada tem 9 deputados, decidiu fechar questão a favor da reforma
da Previdência. Ou seja, os deputados do partido que votarem contra a reforma
devem sofrer punições que chegam à expulsão da legenda.
Outros
dois partidos já haviam anunciado fechamento de questão: PMDB (60 deputados) e
PTB (16). Se chegar ao fim de semana com um patamar seguro, Maia dará início à
votação na semana seguinte.
O texto precisa de
308 votos em dois turnos para ser aprovado na Câmara, por se tratar de uma PEC
(proposta de emenda à Constituição).
A
contagem mais recente indicava 270 votos a favor da reforma. A meta do governo
é conquistar os cerca de 40 votos necessários para a aprovação nas próximas
semanas, com liberação de verbas e remanejamento de cargos.
Entre
as medidas para agradar parlamentares e que elevam os gastos públicos–, estão
repasses aos Estados, a liberação recursos de emendas parlamentares ainda não
executados, além dos projetos de renegociação de dívidas com o fisco. O governo
ainda estuda devolver cargos a deputados que haviam sido punidos por votar
contra o governo nos últimos meses.
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