RN tem quatro casos investigados como feminicídio em 2023, diz Polícia Civil.
Maria de
Fátima José de 54 anos. Marcione de Araújo Brito,
de 34. Micheli da Silva Ferreira,
de 33, e, mais recentemente, Rute Helena dos Santos,
de 43.
O que essas mulheres tem em comum? Todas foram
assassinadas neste mês de fevereiro no Rio Grande do Norte,
tendo os companheiros e ex-companheiros como principais suspeitos do crime -
três deles, inclusive, se suicidaram.
Os dados são da Polícia Civil e foram repassados nesta
segunda-feira (27) a pedido da Inter TV Cabugi e
do g1.
Os quatro casos representam todos os
investigados por feminicídio no ano no estado - outros dois também têm essa linha de investigação
inicial, segundo a Civil, mas apresentam outras possibilidades.
De acordo com a delegada Paoulla Maués,
diretora de proteção a grupos vulneráveis, a maior parte dos feminicídios têm
algo em comum: companheiros que não aceitam o fim do relacionamento ou mantêm
suas esposas como se fossem posses.
"Tem a questão cultural, patriarcal, do machismo, a posse. E a
mulher muitas vezes não chega a denunciar po medo, por questões financeiras,
por vergonha. Nenhuma mulher apanha ou se deixa ser lesionada, seja
fisicamente, psicologicamente, moralmente, porque gosta. Mas porque tem medo,
vergonha de informar, receio de não ser acolhida, de não ser protegida,
compreendida devidamente pelos seus parentes, familiares", explicou a
delegada.
Neste ano,
nenhuma das mulheres que foram assassinadas pelos ex-companheiros tinham
registrado nenhuma ocorrência contra eles, nem buscado medidas protetivas.
De acordo com a Promotoria de Defesa da Mulher do RN, crimes de
violência contra a mulher são comuns em dias de festas, especialmente nos fins
de semana e dentro de casa.
De acordo com a lei, o feminicídio é um homicídio qualificado praticado “contra a mulher por razões da condição de sexo feminino”, onde envolve “violência doméstica e familiar e menosprezo ou discriminação à condição de mulher”.
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