Principal entidade que representa os prefeitos, a
Confederação Nacional dos Municípios (CNM) resiste ao plano de adiar as
eleições municipais deste ano. Uma das propostas em discussão na Câmara dos
Deputados e no TSE é transferir a votação de outubro para novembro.
Os argumentos para que seja mantida a data original
é a redução dos períodos de transição e também o prazo para possíveis recursos
judiciais.
Nos bastidores, há ainda outra razão.
O socorro pago pela União a Estados e municípios
para compensar a queda de arrecadação de impostos durante a crise vai até
setembro. Depois disso, a perspectiva é que muitas prefeituras não tenham
dinheiro para cumprir com as folhas de pagamento, o que pode arranhar a
popularidade dos que tentam a reeleição.
"Se não acontecer um novo apoio para outubro,
novembro e dezembro, você pode ter certeza que boa parte dos municípios do
Brasil vai atrasar folha de pagamento de colaboradores, fornecedores e vão ter
dificuldade no prestamento de serviço à população", disse o presidente da
CNM, Glademir Aroldi.
Ele defende a prorrogação dos mandatos dos atuais
prefeitos por até dois anos, mas se não tiver apoio para essa proposta, pede
pela manutenção do calendário e cita que os prazos já estão correndo.
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