Chega a 170
o número de assassinatos no Ceará durante o motim de policiais militares, que
completou oito dias nesta terça-feira (25). Só na segunda-feira (24), 23 mortes
foram contabilizadas no estado. O governo cearense divulgou o balanço
atualizado de mortes nesta manhã, com dados do período entre meia-noite de
quarta-feira (19) e 23h59 de segunda (24).
A
paralisação entrou no oitavo dia, com três batalhões da PM fechados no estado.
O motim começou na terça-feira (18), quando homens encapuzados que se
identificam como agentes de segurança do Ceará invadiram e ocuparam quartéis,
depredando veículos da polícia. Policiais militares reivindicam aumento
salarial acima do proposto pelo governador Camilo Santana.
O motim e
movimentos grevistas são proibidos para policiais, conforme a Constituição
Federal. Um entendimento de 2017 do Supremo Tribunal Federal reforçou a
proibição desses atos por parte de categorias militares.
Os 170
homicídios registrados no motim da PM em 2020 já representam um aumento de 37%
em relação aos casos registrados durante a última paralisação de PMs no Ceará,
em 2012. O movimento daquele ano durou sete dias (de 29 de dezembro de 2011 e 4
de janeiro de 2012), um a menos que o atual, e teve 124 assassinatos.
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