PSB
abre processo contra deputados que contrariaram votação da Previdência.
O Conselho de Ética do PSB abriu nesta segunda-feira, 15, processo
contra 11 deputados que votaram a favor da reforma da Previdência, contrariando
orientação do diretório nacional do partido. Os deputados terão dez dias para
apresentar defesa. O processo será levado posteriormente à direção da legenda,
que poderá punir os divergentes com advertência, suspensão e até expulsão, com
base em recomendações do conselho de ética.
“Fizemos uma reunião para avaliar a pertinência da representação. A
votação divergente da orientação do partido dá fundamento para recebê-la,
instruir o processo e depois repassa-lo ao Diretório Nacional para a decisão
final”, disse Alexandre Navarro, presidente do colegiado.
Representantes de segmentos sociais do PSB pediram na semana passada
censura pública, cancelamento de filiação, a expulsão dos deputados e a
devolução dos recursos públicos destinados pelo partido à campanha deles.
O PSB foi o partido de esquerda com mais votos a favor da reforma – 11
em 32 votos. O PDT, com 8 votos sim, também ameaça punir os deputados que foram
contra orientação da bancada. Eles já são sondados por partidos de centro.
Os alvos de processo no PSB são: Átila Lira (PI), Emidinho Madeira (MG),
Felipe Carreras (PE), Felipe Rigoni (ES), Jefferson Campos (SP), Liziane Bayer
(RS), Luiz Flávio Gomes (SP), Rodrigo Agostinho (SP), Rodrigo Coelho (SC),
Rosana Valle (SP) e Ted Conti (ES).
A abertura de processo não é inédita. Em 2017, a direção do PSB puniu
parlamentares que votaram para barrar as investigações contra o então
presidente Michel Temer (MDB), também em desrespeito à decisão do partido.
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