A
governadora Fátima Bezerra e outros 12 líderes de Estados assinaram nesta
terça-feira, 21, uma carta contra o decreto que facilita o porte de armas e o
acesso a munições no País, publicado há duas semanas pelo governo Jair
Bolsonaro. No documento, eles argumentam que as novas regras podem piorar os
índices de violência nos Estados, e pedem os poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário atuem para a “imediata revogação” do decreto.
Um dos
principais argumentos é que o aumento da circulação de armas de fogo pode
fortalecer facções criminosas, por meio de desvios e roubos de armamentos. Os
governadores pedem, como solução para a área de segurança pública, ações para
melhorar a forma como o governo restreia armas e munições, além de medidas para
evitar que armamentos regulares caiam nas mãos de criminosos.
“Julgamos
que as medidas previstas pelo decreto não contribuirão para tornar nossos
Estados mais seguros”, diz a carta. “Ao contrário, tais medidas terão um
impacto negativo na violência – aumentando, por exemplo, a quantidade de armas
e munições que poderão abastecer criminosos – e aumentarão os riscos de que
discussões e brigas entre nossos cidadãos acabem em tragédia.”
A maior
parte dos governadores representa Estados das regiões Nordeste e Norte, como é
o caso de Fátima, mas o texto também é assinado pelos mandatários do Distrito
Federal e do Espírito Santo. A carta é assinada por Ibaineis Rocha (MDB-DF), Flávio
Dino (PCdoB-MA), Wellington Dias (PT-PI), Paulo Câmara (PSB-PE), Camilo Santana
(PT-CE), João Azevedo (PSB-PB), Renato Casagrande (PSB-ES), Rui Costa (PT-BA)
Fátima Bezerra (PT-RN), Renan Filho (MDB-AL), Belivaldo Chagas (PSD-SE), Waldez
Góes (PDT-AP) e Mauro Carlesse (PHS-TO).
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