A governadora do Rio
Grande do Norte, Fátima Bezerra, apresentou ao ministro Gustavo Canuto
(Desenvolvimento Regional) o Projeto Seridó, cuja execução vai concretizar,
segundo os idealizadores, na chegada ao Estado das águas do rio São Francisco
na segunda fase da transposição. O projeto consiste na junção da Barragem de
Oiticica – no município de Jucurutu – com a barragem Armando Ribeiro Gonçalves
e um conjunto de adutoras, que levarão a água para a população e o setor
produtivo.
Questionado sobre o
projeto geral da transposição, o ministro Gustavo Canuto, que esteve em Natal
na semana passada, confirmou que há uma situação de complexidade no Eixo Norte
(que contempla estados do Nordeste) e que, por isso, não dá ainda para precisar
nem mesmo quando os estados que estão com estruturas montadas receberão, de
fato, a água. O ministro ressaltou que, a partir de maio, as águas deverão
chegar nestes estados, no caso, Ceará, Paraíba e Pernambuco – o RN ficará de
fora da 1ª fase. O ministro disse ainda que recebeu o Projeto Seridó da
governadora Fátima Bezerra e que gostou do que viu, por se tratar de um custo
baixo: apenas R$ 150 milhões. Ele informou que participará da busca por estes
recursos.
De acordo com a
governadora, o Projeto Seridó está incluído no Plano Nacional de Recursos
Hídricos que o Governo Federal vem trabalhando desde 2018. “A vantagem é que
este projeto tem um custo extremamente modesto, no valor de R$ 150 milhões, e
estamos felizes porque o ministro o elogiou, bem como nos deu uma expectativa
muito positiva de atendimento do pleito. O Projeto Seridó contou com a
participação de diversos segmentos da sociedade e de Paulo Varela, que,
enquanto diretor da Agência Nacional das Águas (Ana), fez a articulação com o
Comitê de Bacias do rio Piranhas, o que resultou neste projeto consistente e,
tecnicamente, de grande sustentabilidade”, detalhou Fátima Bezerra.
A governadora disse,
ainda, que tem certeza ao afirmar que o Projeto Seridó – depois de concluído –
vai representar a redenção hídrica do Estado. Já em relação à transposição do
rio São Francisco, Fátima Bezerra destacou que este tema está sempre em
evidência no Fórum dos Governadores do Nordeste e é uma das prioridades de sua
gestão. “Os Estados estão abertos à discussão do custeio da distribuição das
águas, mas o foco é a entrega da obra”, observou a governadora.
Fátima Bezerra deixou
claro que, até agora, o Rio Grande do Norte não viu, sequer, “uma gota do
projeto da transposição do rio São Francisco”. Ele frisou que reconhece as
dificuldades do ponto de vista financeiro que o Estado atravessa. “Primeiro o
Governo Federal precisa entregar a obra, para que possamos trazer as águas do
São Francisco para cá, mas é bom que se adiante que hoje o Rio Grande do Norte
não tem condições de arcar com esses custos. O mais importante é que nós não
nos negamos a participar do debate, mas vamos cobrar a obra”, explicou a
governadora.
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