O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta
segunda-feira, 19, uma ampla discussão no Parlamento sobre cortes nos gastos
públicos. “O debate será difícil, polêmico e árido, mas vai resolver problemas.
A gente precisa dar solução definitiva”, declarou. Maia discursou durante
encontro de prefeitos promovido pela Confederação Nacional de Municípios (CNM),
em Brasília, ao lado do presidente Michel Temer.
“Chegou um determinado
momento da vida pública em que não há mais espaço orçamentário para que a gente
continue atendendo demandas sociedade. Não é responsabilidade do presidente
Temer, mas o governo federal ficou caro”, avaliou Maia. Ele destacou como
exemplo que o salário dos servidores públicos federais representa 67% a mais do
que o seu equivalente no setor privado.
Maia afirmou também
que é necessário ter menos recursos concentrados na União e mais recursos
livres para que prefeitos possam implementar políticas públicas que vão ajudar
vida da população, como pleiteia a CNM. “Brasília não deve e não pode ter esse
poder sobre a sociedade, precisamos ter coragem de discutir despesas
brasileiras”, disse.
O parlamentar também
defendeu que é preciso tratar de “forma muito transparente” a questão da
reforma da Previdência e negou que objetivo da proposta seja “tirar dos que tem
menos”. “O sistema tem que ser igual para todos, tem que ser financiado, com
déficit zero e possibilidade de capitalização, porque essa conta cai todos os
dias no colo de cada um de vocês. A cada vez que temos déficit, é um novo
imposto pensado.”
Ele disse que
atualmente a maioria dos municípios é no máximo gestora de direitos humanos,
mas é preciso que os prefeitos voltem a ser “gestores do futuro das vidas das
famílias brasileiras”.
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