O juiz Marcus Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal de Brasília,
aceitou nesta segunda-feira a denúncia contra nove pessoas acusadas de atuarem
no chamado “quadrilhão do PMDB”. Agora, eles viraram réus. O caso é um
desdobramento da segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR)
contra o presidente Michel Temer (PMDB), que foi rejeitada pela Câmara do
Deputados no ano passado.
Após a decisão da Câmara, o STF remeteu para a primeira instância
a parte da investigação envolvendo os políticos que perderam o foro
privilegiado, como os ex-ministros Henrique Eduardo Alves e Geddel Vieira Lima,
o deputado cassado Eduardo Cunha, além do ex-assessor presidencial Rodrigo
Rocha Loures. Também foram denunciados os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil)
e Moreira Franco (Secretaria Geral) e o operador financeiro do PMDB, Lúcio
Funaro.
Além das investigações da PGR, a Procuradoria da República no DF,
por meio da força-tarefa da Operação Greenfield aditou a acusação e incluiu
mais cinco nomes, entre eles dois amigos de Temer: o advogado José Yunes e o
coronel da PM reformado João Baptista Lima Filho.
Com a decisão desta segunda, alguns dos principais aliados de
Temer passam a responder na Justiça por suspeita de integrar uma organização
criminosa que teria atuado no núcleo do PMDB da Câmara, liderado por Temer.
A denúncia não tem como foco um fato específico, mas um conjunto
de irregularidades já delatadas contra integrantes do PMDB, envolvendo diversos
escalões da administração pública, como integrantes da Caixa Econômica Federal.
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